Adaptação para crianças

 

Uma adaptação para todos.

Quando uma criança chega à uma instituição escolar de educação infantil e fundamental, na verdade, não somente ela que está chegando. Com ela chegam seus familiares, os presentes e os ausentes que as vezes interferem nesse processo e se fazem muitos presentes do que os presentes de fato – e toda uma serie de mudanças que são desencadeadas dentro da própria instituição para receber aquela nova criança e aquela nova família que se insere num sistema já em funcionamento. É natural que os anseios e tensões se façam presentes. Resultando: todos os envolvidos diretamente ou indiretamente nessa chegada passam a viver um processo de adaptação, de ajustamento a uma nova situação. Uma nova situação que se configura para a criança e sua família, para o educador, para os colegas de turma e como não podia deixar de ser, para a própria instituição. Vivência delicada essa. Tão delicada e mobilizadora que algumas instituições, desconhecendo que também estão em adaptação, optam por não proporcionar essa vivência às crianças, as suas famílias e é claro, a elas mesmas. Essas são aquelas instituições em que normalmente os pais não podem passar do portão e um brusco corte se produz, de uma hora para outra, sem aviso prévio, na vida da criança que passa a ter que, forçosamente, a se acostumar com um ambiente e pessoas que viu. Se para nós, “adultos criados”, como se diz, viver situações novas e inesperadas é mobilizador, imagine para a criança que nesse momento de vida vive o mundo basicamente por meio de pessoas com quem estabeleceu laços afetivos e de confiança, ou seja, MÃE / PAI e algumas outras pessoas que se tornam significativas para ela. Em outras, esse momento não é propriamente não vivido, mas desvalorizado o suficiente para que toda equipe lide com esse processo como se fosse um fato comum, rotineiro, que não exigisse preparo e acompanhamento. Afinal, justificam “a criança não sente”, logo acostuma. O problema é a ansiedade da mãe… Aqui será o tempo e o ritmo da instituição que determinará a duração desse período de adaptação. contrariando as expectativas , em outros momentos, é a família que se encarrega de tomar a iniciativa e entregar o filho no portão, dizendo que “não tem tempo para fazer a adaptação”, alegando razões ligadas ao trabalho. Aqui é ela quem abre mão de vivenciar um momento precioso, mas que ela, na verdade, só vê como doloroso. Nesse momento pais e mães têm que enfrentar conflitos e emoções difíceis, desconfortáveis e desconcertantes para o qual, normalmente, não estão preparados.

 

Algumas dicas que funcionam:

  1. Fazer a escolha certa,
  2. Levar o filho para conhecer o colégio,
  3. Conhecer a proposta do mesmo,
  4. Saber as regras do colégio para que vocês possam se adaptar,
  5. Saber a qualificação dos educadores,
  6. Sentir e passar confiança para criança,
  7. Ter uma semana de adaptação, deixando a criança gradativamente no colégio, caso ele venha chorar. (isto para alunos novatos e veteranos)
  8. Respeitar a rotina do colégio.

Pedagoga e especialista em educação infantil.

Patrícia Menezes Baptista Alonso

Colégio Sta Inês de Jacareí.